Duas coisas me motivam: a vida- a mais bela manifestação da natureza e a arte- a mais bela manifestação da vida, uma terceira me intriga "o maravilhoso mistério da existência" e como disse Albert Einstein: A mais bela experiência que podemos ter é a do mistério. É a emoção fundamental existente na origem da verdadeira arte e ciência.
"Igualmente na experiência artística, o ser sensível às manifestações da natureza pode experienciar um estado de fusão e contemplamento da vida. Na arte, frequentemente o discurso, a linguagem da obra é superior ao próprio produto, e na ciência, o discurso é sempre inferior à complexidade e grandiosidade dos fenômenos. A abstração pode ser mais verídica do que a própria razão, porque esta, encontra-se amarrada aos nossos sentidos e a abstração não tem ataduras nem limitações" Jesiani Rigon
e-mail: jesyanii@yahoo.com.br
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sábado, 26 de novembro de 2011
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
A originalidade
Collage
Colagem de recortes de revista sobre disco de vinil e intervenção com tinta.
E se congelar o vento,
nuvens de pensamentos se moverão
porque nem por régua infinita,
se medirá a imaginação
A realidade, orgulho da razão,
não é senão mentira,
engana a mente, não o coração.
De sonhos, dádivas da vida
começa a realidade,
só sei que na invenção
há um sopro genuíno de verdade.
Jesiani Rigon
A arte é um convite ao descobrimento, não de fenômenos, nem espíritos maquinados, mas do prazer de revelar a si próprio.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
O rumo da ciência
Fecundas são as utopias infantis,
desconhecem o mundo
e o domina em seus sonhos e pensamentos
tudo pode, tudo têm-se e tudo acontece,
mesmo imaginariamente.
Mas e quando cresce?
a sensibilidade de criança enrigece
e ao pé da letra,
sem som, sem cor, sem amor
sem a verdade de existir,
sem a resposta.
A graça distancia-se
e os dias são vividos para o amanhã
Quem dera ter eternamente nove anos
em alma e espírito,
a filosofia perpétua sabiamente modesta,
que se aprofunda em olhos
que procuram desde cedo
a essência das coisas
na sua mais plena simplicidade de ser.
Jesiani Rigon
(Poema aos nove anos)
As crianças são dotadas de receptividade, curiosas e empolgadas com tudo o que pode parecer ínfimo. Todos fomos um dia assim, mais imaginativos, criativos e sensíveis. Desenvolvemos primordialmente nossa inteligência intuitiva e durante o processo de formação é priorizado o lado racional "inteligente" e nesse processo há um empobrecimento no plano sensível.
A própria razão pode soar como algo elevado e humano. De fato, somos por natureza contraditórios, e o termo animal que usualmente é associado a irracionalidade e ausência de sentimentos, vem do latim e significa "um ser que tem alma".
Nos foi embutido fortemente uma visão mecanicista do mundo. Isso começou dentro da própria ciência com Newton, e na filosofia com Descartes. Ou seja, a idéia que o mundo funcionasse dentro da precisão matemática, foi de certa forma um combate ao tão pouco sólido mundo místico.
A própria razão pode soar como algo elevado e humano. De fato, somos por natureza contraditórios, e o termo animal que usualmente é associado a irracionalidade e ausência de sentimentos, vem do latim e significa "um ser que tem alma".
Nos foi embutido fortemente uma visão mecanicista do mundo. Isso começou dentro da própria ciência com Newton, e na filosofia com Descartes. Ou seja, a idéia que o mundo funcionasse dentro da precisão matemática, foi de certa forma um combate ao tão pouco sólido mundo místico.
Um problema que existe na ciência, é que para ela se firmar precisa negar ou ignorar certos fenômenos, as vezes difíceis de serem observados ou comprovados. O método científico se aproxima, mas não revela toda a verdade. Que nos dá uma incrível compreensão do mundo é inquestionável, porque é capaz de dar solidez aos fatos, mas afirmar que tudo o que existe é mero acaso e apenas produto de leis da física e da química pode ser um tanto "irracional".
Alguns cientistas vem nos trazendo novos conhecimentos estabelecendo uma nova visão da ciência e, consequentemente, do ser humano. São eles, Fritjof Capra e Amit Goswami no âmbito da física e Rupert Sheldrake na biologia, nos trazendo idéias e evidências como por exemplo, que nossa consciência não está no nosso cérebro, que existe comunicação não local e não temporal. Muitos já tiveram alguma experiência intuitiva, telepática, como explicar isso? somente pensando nas teorias de Einstein isso pode fazer sentido. A intuição por e não é um fato que se antecipa ao tempo?
Talvez um dia, avancemos tanto, que voltaremos a ver anjos, como disse ver William Blake, e como singelas crianças, enxergaremos cada coisa, como digna de própria grandeza, apenas pelo fato de ser.
Jesiani Rigon
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Amazônia: o coração do mundo
Fotografia da folha de Victoria amazonica (Poepp.) J.C. Sowerby (Nymphaeaceae) tirada em passeio durante o 61º Congresso Nacional de Botânica em Manaus/ Amazonas.
Foi publicada na Revista National Geographic na edição de março de 2011.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Pintura abstrata
Nessa pintura, óleo sobre tela, busquei inspiração na obra Feather Plant do pintor suiço Paul Klee.
Paul Klee reflete a busca por desvendar cada objeto com a mesma empolgação de uma criança, como se pudesse vê-los novamente pela "primeira vez". Feather Plant "planta de pluma" dentro das possibilidades do abstracionismo, me despertou para os padrões de folhas das samambaias, que agora livres de seus preceitos, decompõem-se no espectro de cores, linhas deslizantes, soros flutuantes...
A sensibilidade é tão fundametal ao cientista quanto é ao artista, da mesma forma que a racionalização da arte gera a perda de sentido artistico, a desensibilização da ciência a torna vazia. A arte em toda forma, expande o ser, potencializa os sentidos e a perpepção, dessa forma, nos desperta, tudo se torna vivo de infindas possibilidades e inspirações.
A arte une o que a ciência disseca, se um biólogo pode estudar a estrutura e funcionalidade de cada músculo, a dança pode sensibilizar e conscientizar o corpo. Enquanto a linguagem cientifica cria moldes e regras, buscando a uniformidade, a arte almeja autoconhecimento, autorevelação e originalidade. Talvez a ciência se decifre em "como o mundo é" e a arte "como eu sou".
"Um olho vê, o outro sente." Paul Klee.
Paul Klee reflete a busca por desvendar cada objeto com a mesma empolgação de uma criança, como se pudesse vê-los novamente pela "primeira vez". Feather Plant "planta de pluma" dentro das possibilidades do abstracionismo, me despertou para os padrões de folhas das samambaias, que agora livres de seus preceitos, decompõem-se no espectro de cores, linhas deslizantes, soros flutuantes...
A sensibilidade é tão fundametal ao cientista quanto é ao artista, da mesma forma que a racionalização da arte gera a perda de sentido artistico, a desensibilização da ciência a torna vazia. A arte em toda forma, expande o ser, potencializa os sentidos e a perpepção, dessa forma, nos desperta, tudo se torna vivo de infindas possibilidades e inspirações.
A arte une o que a ciência disseca, se um biólogo pode estudar a estrutura e funcionalidade de cada músculo, a dança pode sensibilizar e conscientizar o corpo. Enquanto a linguagem cientifica cria moldes e regras, buscando a uniformidade, a arte almeja autoconhecimento, autorevelação e originalidade. Talvez a ciência se decifre em "como o mundo é" e a arte "como eu sou".
"Um olho vê, o outro sente." Paul Klee.
quinta-feira, 31 de março de 2011
Phoradendron Nutt.
Ilustração de Phoradendron crassifolium (Pohl ex DC.) Eichler
Esta espécie se caracteriza pelas folhas crassinérveas e pela presença de catafilos férteis.
Esta espécie se caracteriza pelas folhas crassinérveas e pela presença de catafilos férteis.
Nanquim sobre papél Fabriano, técnica aguada.
Variação da lâmina foliar de Phoradendron dipterum Eichl.
"Ver não é o mesmo que observar.
A exploração/investigação científica baseia-se na observação.
O desenho também" (Pedro Salgado, ilustrador científico português).
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